[Áudio Clássico] Dúvida em contrato de trabalho feito em parceria entre arquiteto e engenheiro 
Professor Iberê
Arquiteto, Psicanalista e escritor
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Dúvida em contrato de trabalho feito em parceria entre arquiteto e engenheiro

Como sempre se faz com honorários profissionais de arquitetura e engenharia, vamos começar avaliando o valor da obra. Pelo que pudemos constatar, o CUB na Bahia (local da obra) para residências com acabamento padrão alto (R1-A) está em torno dos R$ 1.800. Isto coloca o valor básico da obra em 160 x 1800 = 280.000. Somando-se o valor da fundação e alguns imprevistos, podemos facilmente colocar o valor da obra na faixa dos R$ 300.000. Este valor não inclui a parte externa, que devera ser objeto de outra proposta. Note-se o seguinte:

1 – Partindo-se do custo acima, o valor total a ser gasto pelo cliente vai chegar facilmente na casa dos R$ 450 a 500 mil, considerando-se o BDI e despesas com projeto, administração da obra, custos financeiros, impostos, imprevistos e erros e assim por diante.

2 – Possivelmente será preciso fazer uma ou mais viagens até o local. Se a arquiteta for custear isto do seu próprio bolso vai estourar o orçamento.

3 – A arquiteta vai precisar estudar a legislação da cidade, o que representa um tempo extra e que talvez não seja aproveitado em outro projeto (só o será se ela vier a fazer outro projeto na mesma cidade).

4 – No item “condições de trabalho” que consta da proposta foi citada a cobrança por hora-técnica dos serviços prestados, mas não foram mencionadas as despesas com viagens, estadias e transporte. Seria preciso estabelecer como estes itens serão cobertos pelo contrato com o engenheiro.

5 – No item “preços e formas de pagamento” seria melhor dividir em mais etapas do que as 3 que constam atualmente. Assim o cliente vai pagando mais suavemente, sentindo menos o valor total, e para a arquiteta fica melhor porque não precisa ficar tanto tempo trabalhando sem receber. Fora isto, é mais fácil o cliente pagar, digamos, seis parcelas de R$ 1.000 do que uma parcela de R$ 6.000, sem falar que as parcelas menores implicam em um recolhimento de impostos menor.

A proposta apresentada pela arquiteta está na faixa de 5% do custo básico, o que é um preço bem camarada para um projeto arquitetônico completo, supondo-se as condições atuais do mercado, pois pela tabela do CAU o valor seria em torno dos 9% (R$ 27.000).

Assim, nossa opinião é que a proposta está boa, mas ficaria melhor se completada com algumas das informações acima comentadas. Nota-se a preocupação da arquiteta pelo fato do engenheiro não ter sequer respondido a proposta. Claro que estas são apenas opiniões pessoais, mas para bom entendedor meia palavra basta – provavelmente ele não vai fazer a parceria. Pode ser porque não valoriza o projeto arquitetônico (e não quer pagar por ele) ou então porque o cliente não gostou da proposta e ele não soube “vender” o trabalho. Caso a proposta tenha sido realmente recusada não acredito que seja culpa da arquiteta. Ela fez o que podia fazer, mas a vida é assim... A gente tenta de um lado, tenta de outro, até encontrar o nosso lugar no mundo dos negócios.

Publicado em 21/01/2008 às 18:44 hs, atualizado em 03/04/2018 às 17:27 hs


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