[Áudio Clássico] O Que é Depressão? 
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O Que é Depressão?

A depressão é uma doença, que compromete o físico, o humor e, em conseqüência, o pensamento. A Depressão altera a maneira como a pessoa vê o mundo e sente a realidade, entende as coisas, manifesta emoções, sente a disposição e o prazer com a vida. Ela afeta a forma como a pessoa se alimenta e dorme, como se sente em relação a si próprio e como pensa sobre as coisas.

A Depressão é, portanto, uma doença afetiva e mexe com o humor, não é simplesmente estar na "fossa" ou com "baixo astral" passageiro. Também não é sinal de fraqueza, de falta de pensamentos positivos ou uma condição que possa ser superada apenas pela força de vontade ou com esforço.

As pessoas com depressão não podem, simplesmente, melhorar por conta própria e através de pensamentos positivos, conhecendo pessoas novas, viajando, passeando ou tirando férias. Sem tratamento, os sintomas podem durar semanas, meses ou anos. O tratamento adequado, entretanto, pode ajudar a maioria das pessoas que sofrem de depressão.

A Depressão, de um modo geral, resulta numa inibição global da pessoa, afeta a parte psíquica, as funções mais nobres da mente humana, como a memória, o raciocínio, a criatividade, a vontade, o amor e o sexo, e também a parte física. Enfim, tudo parece ser difícil, problemático e cansativo para o deprimido.

A pessoa deprimida não tem ânimo para os prazeres e para quase nada na vida, de pouco adiantam os conselhos para que passeiem, para que encontrem pessoas diferentes, para que freqüentem grupos religiosos ou pratiquem atividades exóticas.

Os sentimentos depressivos vêm do interior da pessoa e não de fora dela e é por isso que as coisas do mundo, as quais normalmente são agradáveis para quem não está deprimido, parecem aborrecedoras e sem sentido para o deprimido.

A Depressão é medicamente mais entendida como um mau funcionamento cerebral do que uma má vontade psíquica ou uma cegueira mental para as coisas boas que a vida pode oferecer. A pessoa deprimida sabe e tem consciência das coisas boas de sua vida, sabe que tudo poderia ser bem pior, pode até saber que os motivos para seu estado sentimental não são tão importantes assim, entretanto, apesar de saber isso tudo e de não desejar estar dessa forma, continua muito deprimido.

Portanto, as doenças depressivas se manifestam de diversas maneiras, da mesma forma que outras doenças, como, por exemplo, as do coração.

Respondendo a pergunta inicial sobre o que é a Depressão?, podemos dizer: a Depressão é um Transtorno Afetivo, caracterizada por uma alteração psíquica e em conseqüência disso, também temos uma alteração orgânica, com conseqüentes alterações na maneira de valorizar a realidade e a vida. Falei anteriormente que a depressão e uma doença afetiva, então vamos entender o que é Afeto....

O Que é o Afeto

O Afeto é à parte de nosso psiquismo responsável pela maneira de sentir e perceber a realidade. A afetividade é, então, a parte psíquica responsável pelo significado sentimental de tudo aquilo que vivemos.

Se as coisas que vivenciamos estão sendo agradáveis, prazerosas, sofríveis, angustiantes, causam medo ou pânico, ou dão satisfação, todos esses valores são atribuídos pela nossa afetividade. Será através de nosso Afeto que o mundo, no qual vivemos, chega até nossa consciência com o significado emocional que tem para nós.

A afetividade funciona como as lentes dos óculos através das quais enxergamos emocionalmente nossa realidade. Através dessas lentes podemos perceber nossa realidade com mais clareza ou não, com mais colorido ou não, com mais esperança ou não e assim por diante.

Há determinados estados onde a pessoa enxerga sua realidade como se estivesse usando óculos escuros, ou seja, tudo é percebido de maneira cinzenta, escura e nublada. Outros percebem a realidade como se estivessem usando óculos cor-de-rosa, onde tudo parece mais exuberante. Alguns vêem o mundo através de uma lupa, onde as questões adquirem dimensões maiores e assim por diante.

Tendo em vista o fato da afetividade, ou como sugerimos, as lentes dos óculos ser diferente entre as pessoas, alguns sofrerão mais que outros diante de um mesmo problema. Devido a essa sensibilidade pessoal diferente para com a realidade, cada um de nós reagirá à essa realidade também de maneira muito pessoal e diferente. Aqueles que se sentem ameaçados reagem de uma maneira, aqueles que se percebem inseguros de outra maneira, os otimistas de outra maneira diferentes, os tímidos, os expansivos, os pensativos, os sentimentais e por aí a fora, cada um reagindo à vida de maneira própria e pessoal.

Deve ficar claro que a afetividade não pode ser simplesmente submetida à influência da vontade, portanto, ninguém deseja voluntariamente ter um afeto depressivo, assim como, também, dificilmente alguém conseguirá melhorar seu estado afetivo simplesmente porque um amigo ou pessoa de sua intimidade lhe dê bons conselhos e palavras de otimismo.

A afetividade pode ser melhorada e adequada mediante a utilização de práticas terapêuticas. Nesse caso a pessoa tem que conhecer melhor as questões de suas emoções e de sua Depressão. Através desse conhecimento pretende-se que a pessoa passe a melhorar sua relação com a realidade e consigo mesma.

Devido ao afeto depressivo e negativo, as sensações físicas corriqueiras e habituais em qualquer pessoa são valorizadas pessimistamente nos deprimidos. Uma simples tontura, por exemplo, apesar de ser um acontecimento perfeitamente trivial na vida de qualquer pessoa, é percebida como algo mais sério pelo deprimido, como uma ameaça de desmaio ou coisa assim.

Por causa do afeto depressivo as pessoas passam a observar exageradamente o funcionamento de seus organismos. Ora verificando o ritmo intestinal, ora prestando muita atenção às sensações vagas, aos formigamentos, às dores aqui e ali, às indisposições, palpitações e assim por diante.

Como é a Depressão

O quadro da Depressão é o mais variável possível, de acordo com a personalidade da pessoa deprimida. Da mesma forma, como cada um de nós reage diferente aos sentimentos, cada um terá uma maneira pessoal de manifestar sua Depressão. Há pessoas que ficam caladas diante das suas preocupações, outras choram, outras contam suas dificuldades para todo mundo, outras sentem dor de estômago, alguns têm aumento da pressão arterial, enfim, cada um reagirá diferentemente diante de suas emoções.

Podemos fazer uma comparação didática entre a depressão e a alergia. A alergia é um tipo de resposta de nosso organismo a alguma coisa capaz de irritá-lo. Embora várias pessoas possam ser alérgicas, cada qual manifestará sua alergia de maneira particular e será alérgica a diferentes elementos; algumas terão rinite, outras asma, outras ainda urticária ou simples coceiras e assim por diante. O fenômeno em pauta é um só: a alergia. Entretanto, cada organismo tem sua própria maneira de manifestá-la.

Portanto, aquela velha mania das pessoas ficarem comparando entre si o que sentem não é suficiente para que se dê o diagnóstico de Depressão. Para alguns acontece da Depressão vir seguida de uma Síndrome do Pânico, por exemplo, sem tristeza, sem desânimo e sem choro, enquanto, para outros ela se apresenta sob a forma simplesmente de tristeza, choro e apatia. Outros ainda, podem apresentar sintomas físicos e assim por diante. Crianças deprimidas, em geral, costumam ir mal na escola, ficam rebeldes, irritadas e não se mostram tristes. Embora em todos os casos haja depressão, não se podem comparar os sintomas.

O popular Esgotamento pode ser também uma outra forma da Depressão. Sentir-se esgotado é sentir-se sem disposição para a vida. Não para a vida em seu sentido biológico de continuar vivendo, mas à vida em seu sentido cotidiano; falta disposição para continuar, dia após dia, a enfrentar os mesmos problemas corriqueiros, falta disposição para enfrentar a monotonia e a constância da vida, para continuar à fazer as mesmas coisas, para suportar as mesmas pessoas.

Esgotamos, por assim dizer, nossa energia e nossa capacidade de adaptação ao trivial, ao feijão-com-arroz de nossa vida cheia de problemas.

O que se constata na clínica é que não existe um estado de esgotamento sem que haja também um estado afetivo diminuído. Esse estado afetivo pode ser a causa ou a conseqüência do esgotamento, ou seja; ou a pessoa teve um episódio depressivo e acabou por entrar em esgotamento ou, ao contrário, começou por apresentar um esgotamento que acabou resultando num estado depressivo.

Na Depressão falta energia para tolerar conviver com nosso próximo, falta tolerância para aceitar o jeito de ser dos outros, falta ânimo para resolver problemas da vida, falta otimismo para acreditar que as coisas estão bem.

Hoje, mais do que nunca, há uma tendência em aceitar o fato de que a Depressão seja por esgotamento ou sem motivos aparentes, ser conseqüência não apenas das experiências de vida atuais ou do passado, como se pensava antes, mas, principalmente, causada por uma determinada alteração orgânica.

Publicado em 11/03/2009 às 10:23 hs, atualizado em 04/09/2012 às 16:20 hs


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NOSSOS LEITORES JÁ FIZERAM 1 COMENTÁRIO sobre este artigo:
De: kpiqgv (em 27/02/2009 às 11:59 hs)
Muito interessante
Artigo muito bom!

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