[Áudio Clássico] Sigmund Freud, vida e obra do criador da psicanálise 
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Sigmund Freud, vida e obra do criador da psicanálise

Sigmund Freud é considerado o fundador da psicanálise, por ter sido o criador de diversas teorias e práticas que permitiram a compreensão do modo de funcionamento da mente humana, em especial do inconsciente. Freud é tão aplaudido quanto criticado, e muitos de seus discípulos e estudiosos acabaram fundando outras linhas de análise e de atuação, mas ninguém pode negar a importância de seu trabalho no desenvolvimento de todas as ciências que lidam com a mente e suas implicações na vida de todos nós e na sociedade como um todo.

Não gostaríamos de ficar preenchendo este espaço contando quando Freud (fala-se “frói-di”) nasceu, como se criou ou como desenvolveu suas teorias. Estes dados biográficos estão explicados com detalhes no site da Wikipedia, de onde retiramos muitas das informações aqui presentes.

Para situar o leitor no universo de Freud, basta dizer por enquanto que Sigmund Freud foi um médico neurologista nascido na cidade de P?íbor, pertencente então à Moldávia e posteriormente ao império Austro-húngaro, a 6 de maio de 1856. Morreu em Londres a 23 de setembro de 1939, cidade para onde se refugiou em junho de 1938 fugindo do regime nazista na Alemanha. Foi um médico neurologista judeu-austríaco, fundador da psicanálise. Nasceu em Freiberg, Morávia (hoje P?íbor), quando esta cidade pertencia ao Império Austríaco.

Achamos que o mais importante é explicar a teoria Freudiana e como ela foi se moldando ao longo de sua vida e como, apesar de ter errado em algumas coisas, Freud acertou na maior parte de suas conclusões, mesmo que tenha partido de pontos controversos como a excessiva fixação na parte sexual na infância.

As teorias freudianas

Podemos dividir suas teorias, a grosso modo, em dois campos distintos. Ao mesmo tempo em que ia descobrindo o funcionamento da mente e da conduta humana, foi criando uma técnica terapêutica para ajudar pessoas afetadas psiquicamente. Alguns terapeutas afirmam estar influenciados por um, mas não pelo outro campo em que Freud atuou.

Provavelmente a contribuição mais significativa que Freud fez ao pensamento moderno é a de tentar dar ao conceito de inconsciente um status científico que, entretanto, não é compartilhado por várias áreas da ciência e da psicologia. Mesmo assim, é inegável que seus conceitos de inconsciente, desejos inconscientes e repressão foram revolucionários, até para permitir que sejam estudados pelas outras ciências. O modelo Freudiano propõe uma mente dividida em camadas ou níveis, dominada em certa medida por vontades primitivas que estão escondidas sob a consciência e que se manifestam nos lapsos (“atos falhos”) e nos sonhos.

Não por acaso, uma de suas obras mais conhecidas é o livro “A Interpretação dos Sonhos”. Nela Freud coloca seus argumentos para explicar seu modelo de funcionamento do inconsciente e desenvolve um método para conseguir o acesso ao mesmo, tomando elementos retirados de suas experiências prévias com as técnicas de hipnose.

Como parte de sua teoria, Freud defende a existência de um pré-consciente, que descreve como a camada entre o consciente e o inconsciente (o termo subconsciente é utilizado popularmente, mas não é parte da terminologia psicanalítica). A repressão em si tem grande importância no conhecimento do inconsciente. De acordo com Freud, as pessoas experimentam repetidamente pensamentos e sentimentos que são tão dolorosos que não podem suportá-los. Tais pensamentos e sentimentos (assim como as recordações associadas a eles) não podem ser expulsos da mente mas, em troca, são expulsos do consciente para formar parte do inconsciente.

Embora ao longo de sua carreira Freud tenha tentado encontrar padrões de repressão entre seus pacientes que derivassem em um modelo geral para a mente, ele observou que pacientes diferentes reprimiam fatos diferentes. Observou ainda que o processo da repressão é em si mesmo um ato não-consciente (isto é, não ocorreria através da intenção dos pensamentos ou sentimentos conscientes). Em outras palavras, o inconsciente era tanto causa como efeito da repressão.

As obras de Freud

Freud foi um intelectual que aliava a parte teórica à prática, visto que atendia em seu famoso consultório no número 19 da Rua Berggasse, onde tinha seu famoso divã que acabou se tornando um símbolo da própria psicanálise. Escritor compulsivo e extremamente produtivo, foi colocando suas teorias num estilo próprio e característico, em estilo científico mas sem exagerar nas citações a outros pensadores e cientistas.

Seus livros foram e continuam sendo leitura obrigatória para todo mundo que lida com as ciências psíquicas, nem que seja para abandoná-las em favor de algo mais moderno ou funcional segundo os padrões científicos de cada corrente de pensamento e de ação.

Além dos livros Freud escreveu inúmeras cartas e artigos, e muito deste material foi reunido em diversas coleções. Abaixo estão os principais escritos de Freud, em ordem cronológica, lembrando que as obras publicadas até 1920 formam a chamada Primeira tópica, enquanto que os publicados após 1920 formam a chamada Segunda tópica de Freud, pois este ano marca uma mudança no enfoque e nos pensamentos Freudianos:
  • Estudos sobre a histeria (com Josef Breuer, título original Studien über Hysterie, 1895) – Contêm vários estudos feitos por Breuer e Freud sobre casos de pessoas consideradas histéricas. Inclusi um dos casos mais famosos, o de Anna O. (nome real Bertha Pappenheim), que apresentou a teçnica da psicanálise como uma forma de cura. Na época do lançamento, esta obra não foi bem recebida pelo comunidade médica européia. Anos se passaram até que a psicanálise foi reconhecida como uma ferramenta legítima de psiquiatria, além dos remédios químicos e as técnicas primitivas da época, que incluiam até choques elétricos. O livro apresenta dois pontos de vista diferentes como causa da histeria: neurofisiológico, defendido por Breuer, e psicológico, defendido por Freud. Apesar de Freud ter recebido o crédito (e a responsabilidade) por muita da notoriedade conseguida com psicanálise, o próprio Freud dava os créditos pelo nascimento da psicanálise a Josef Breuer e seu trabalho com Bertha Pappenheim. Infelizmente, Breuer morreu antes que recebesse a aclamação.

  • A interpretaçõo dos sonhos (título original Die Traumdeutung, 1900) — Este livro marca a introdução do conceito do Ego, e descreve a teoria do inconsciente em relação à interpretação dos sonhos. Na visão de Freud, os sonhos eram formas de expressar os desejos e questões do inconsciente, uma tentativa que o inconsciente fazia para resolver algum tipo de dor ou conflito, seja de algo recente ou algo do passado longínquo. Assim, como a informação no inconsciente está num formato sem muitas regras e geralmente meio confuso, um “censor” no pré-consciente não permite que aquelas impressões passem para o consciente sem alteração. Durante os sonhos, o pré-consciente tem sua ação enfraquecida, mas ainda está funcionando: por isso, o inconsciente precisa distorcer e mascarar o sentido de suas informações para passar através da censura. Como tanto, as imagens e sonhos não costumam ser o que aparentam ser, mas são símbolos que precisam ser identificados para que o psicanalista consiga montar um modelo da estrutura do inconsciente daquela pessoa..

  • Sobre a psicopatologia da vida cotidiana (Título original Zur Psychopathologie des Alltagslebens, 1901) — Nesta obra Freud discute o que ficou conhecido em inglês como “Freudian slip” ou “parapraxis”, termos que foram traduzidos como “ato falho”. São palavras ou atos físicos que se acredita serem causados pelo inconsciente, mostrando o que a pessoa realmente pensa sobre determinado assunto, e não o que diz de maneira consciente e “censurada” pelo superego. Entre os erros clássicos, estão o da esposa chamando o marido pelo nome de uma outra pessoa na qual estava pensando, e vice-versa. Em outros casos, o erro pode parecer trivial ou bizarro, mas pode dar uma importante fonte de análise.

  • Três ensaios sobre a teoria da sexualidade (título original Drei Abhandlungen zur Sexualtheorie, 1905) — Esta obra avança na teoria da sexualidade, em particular no tocando a sua relação com a infância. Junto com a obra sobre interpretação dos sonhos, esta obra é considerada estar entre as mais originais contribuições de Freud ao conhecimento humano. Freud argumenta que a “perversão” está presente até mesmo em pessoas sadias, e que o caminho em direção a uma vida sexual madura e normal começa não na puberdade, nas na tenra infância. Observando crianças, Freud dizia ter achado um número de práticas que parecem inócuas, mas que em realidade eram formas de atividade sexual como, por exemplo, o costume de chupar o polegar. Com isso, Freud propunha que a sexualidade era a força motriz tanto das neuroses quando das perversões. Esta obra também introduziu o conceito de inveja do pênis, ansiedade da castração e do complexo de Édipo.

  • Os chistes e a sua relação com o inconsciente (título original Der Witz und seine Beziehung zum Unbewußten, 1905) — Segundo ele, as piadas ocorrem quando o consciente permite que aflorem os pensamentos ocultados por restrições sociais. O superego permite que o ego gere humor. Um superego benevolente permite um tipo leve e confortável de humor, enquanto que um superego rigoroso apenas permite a criação de um tipo de humor agressivo e sarcástico. Um superego extremamente rigoroso vai acabar suprimindo o humor totalmente. A teoria de humor de Freud se baseia na relação dinâmica entre o id, ego and superego. O superego comanda tudo de acordo com a moral, e impede que o ego continua a busca do prazer requisitada pelo id. Além disto, esta obra contribui na teoria do alívio proporcionado pelo riso, onde é proposto que energia emocional é liberada através do senso de humor. Anos depois desta obra, Freud retorna ao assunto notando que nem todo mundo é capaz de ter ou entender o senso de humor.

  • Totem e Tabu (título original Totem und Tabu, 1913) — Coleção contendo quatro estudos publicados primeiramente no jornal Imago (1912-1913). Aplica conceitos psicanáliticos para fazer estudos comparativos nos campos da arqueologia, antropologia e religião. Os quatro estudos são intitulados “O horror do incesto”, “Tabu e a Ambivalência emocional”, “Animismo, Mágica e a Onipotência dos Pensamentos, e “O retorno do totemismo na infância”.

  • Além do princípio do prazer (título original Jenseits des Lustprinzips, 1920) — Obra importante, que marca o início da dita “segunda tópica” de Freud, pela mudança no enfoque teórico. Antes deste ensaio, Freud havia colocado o instito sexual (“Eros”) como a força central que nos leva a agir. Em 1920, indo “além” do simples princípio do prazer, Freud desenvolveu a teoria das pulsões, adicionando o instinto de morte, geralmente referido domo “Tanatos”, mesmo Freud nunca tendo usado este termo. A grande importância deste estudo reside na visão do ser humano em constante luta entre dois instintos opostos: Eros trabalhando pela criatividade, harmonia, conexão sexual, reprodução e auto-preservação, enquanto que Tanatos luta pela destruição, repetição, agressão, compulsão e auto-destruição. Nas seções IV e V Freud sugere que o mesmo processo que causa a morte de uma célula quando olhada ao nível microscópico poderia também acontecer nos seres humanos, por um instinto mortal que causa sua morte. Esta teoria foi desacreditada em grande parte. Freud também aproveitou a oportunidade para explicar como via as diferenças entre o enfoque seu e o de Carl Jung.

  • O Ego e o Id (título original Das Ich und das Es, 1923) — Outra obra importante, fruto de um estudo meticuoloso conduzido ao longo de anos de pesquisa, onde Freud faz a análise da psique humana, definindo a teorias da dinâmica entre o id, o ego e o superego, teoria esta que foi fundamental no desenvolvimento da teoria psicanalítica.

  • O futuro de uma ilusão (título original Die Zukunft einer Illusion, 1927) — Descreve sua interpretação da origem das religiões, seu desenvolvimento, sua psicanálise e seu futuro. Freud descreve a religião como uma ilusão, desejos que são a realização dos mais antigos, fortes e urgentes desejos da humanidade. Ele explica que a ilusão não necessariamente é falsa, dando o exemplo de um garota de classe média que sonha em casar-se com um príncipe. Apesar de ser muito pouco provável, não chega a ser impossível e realmente aconteceu algumas vezes. O fato da crença estar fundada nos desejos e não na realidade é que o faz chamá-la de ilusão.

  • O mal-estar na civilização (título original Das Unbehagen in der Kultur, 1930) — Um dos trabalhos mais importantes e mais lidos de Freud. Nesta obra seminal, Freud enumera as tensões fundamentais entre a civilização e os indivíduos. O primeiro ponto de atrito resulta das necessidades instituais inerentes ao ser humano, constantemente reprimidas pelas necessidades da civilização como, por exemplo, o desejo de matar seu semelhante e a constante busca pelo prazer sexual são claramente danosas ao bem-estar de uma comunidade humana. Como resultado desta fricção, a civilização cria leis que proibem a matança, estupro e adultério, e implanta punições severas quando estes mandamentos são quebrados. Este processo, argumenta, é uma característica inerente da civilização e resulta num permanente sentimento de descontentamento entre seus cidadãos, independentemente de qual cultura esteja sendo analisada.

  • Moisés e monoteísmo (título original Der Mann Moses und die monotheistische Religion, 1939) — Nesta obra, Freud cria a hipótese de que o Moisés biblico era na verdade nascido na nobreza do antigo Egito, e talvez fosse um seguido de Akenaton, um antigo Deus egípcio monoteísta. O livro tem três partes e um anexo, onde a teoria psicanalítica de Freud é usada para criar hipóteses para explicar eventos históricos, tal como fora feito anteriormente na obra Totem e Taboo. Freud contradiz a história bíblica de Moisés apresentando sua própria versão dos eventos, afirmando que Moisés apenas liderou seus seguidores até a liberdade, que subsequentemente se rebelaram e mataram Moisés. Anos depois disto, os rebeldes formaram uma nova religião que promovia Moisés como o salvador dos Israelitas. Freud diz que o sentimento de culpa pelo assassinato de Moisés foi herdado geração após geração, e que esta culpa é que leva os judeus à religião, para fazê-los sentir-se melhor.




Publicado em 01/06/2009 às 19:24 hs, atualizado em 01/07/2016 às 10:52 hs


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